"Mãe, o Estado não manda apoio para uma criança com Síndrome de Down. Está na lei, é direito dela, mas o Estado não manda".
Frase dita pela Diretora da Escola onde meu filho, portador da síndrome de down estuda.
Como será o futuro de nossas crianças especiais nas escolas inclusivas?
Hoje, escrevo especialmente sobre nossas crianças especiais. Crianças Especiais versus Escolas Inclusivas. O que se entende por inclusiva? INCLUIR, fazer parte de um meio. Antônimo de EXCLUIR. Subentende-se que escolas inclusivas são para todos: negros, brancos, amarelos, portadores de necessidades especiais. Infelizmente isso não corresponde à realidade. Principalmente no que diz respeito às crianças portadoras de necessidades especiais
A lei diz que estas crianças tem direitos, mas a realidade é muito diferente. Professores totalmente incapacitados para assumir tais funções. E o que é pior, sem nenhuma vontade de tentar.
É simplesmente revoltante.
Futuramente, segundo algumas fontes, as escolas especiais se extinguirão dando lugar às escolas inclusivas. E aí? O que serão das nossas crianças? Pelo andar da carruagem, tudo que se construiu até hoje, tudo que se conquistou, provavelmente se escoará pelo ralo. Crianças que nascerem com problemas mentais voltarão aos "porões", escondidos e esquecidos pelo mundo. E toda a culpa recairá sobre os pais. Sim, porque algumas direções de escolas inclusivas fazem exatamente isso. Não assumem nada e joga a culpa nos pais e no Estado. Não falo isso sem conhecimento de causa e também não generalizo. Sei exatamente do que estou falando. O Estado tem sua parcela de culpa sim, mas as escolas também têm a sua cota. E por sinal, muito grande. Se por um lado o Estado obriga que as escolas aceitem crianças especiais, por outro a direção dessas escolas tem como obrigação exigir que o Estado lhes dê suporte para isso. Toda escola inclusiva necessita de pelo menos "um" profissional especializado. Isso é o mínimo que deveriam fazer. E é obrigação da escola correr atrás disso. Quanto aos professores, também deveriam fazer um pequeno esforço para se atualizarem. Porque o futuro está próximo e próxima também está a extinção de escolas especiais. E as escolas inclusivas terão que dar conta da demanda que entrarão em suas salas de aulas.
Está na hora de diretores e professores de escolas inclusivas acordarem. Nossas crianças tem todo o direito de ter uma educação mais apurada. Não se pode jogar o problema nas costas dos pais e deixar que a maré leve para longe esse pequeno "inconveniente". Temos que lutar, todos juntos, pais, professores, diretores e o Estado.
Outro dia fiquei pasma com as palavras ditas pela Diretora da escola de meu filho: "Mãe, o Estado não manda apoio para uma criança com Síndrome de Down. Está na lei, é direito dela, mas o Estado não manda". Assim, friamente, como se fosse a coisa mais natural do mundo e ela, como Diretora, não pudesse fazer nada a respeito. Ou seja, esta Diretora sabe, mas não faz nada, nem que seja uma pequena tentativa para minimizar o problema. E não incentiva seus colaboradores para que se atualizem, pois, com as mudanças que vem por aí, provavelmente eles serão futuros desempregados.
É a lei da inclusão: ATUALIZAR OU ATUALIZAR.
Não tem meio termo.
Essa é a minha posição.
Essa é a minha posição.