O que é cultura? O que sente uma pessoa ao ser taxada de culta?
Ser uma pessoa culta significa ostentar um título de doutor ou mestre? É se sentar numa cadeira de uma faculdade por cinco ou dez anos, se formar e obter um título de graduação? Talvez.
Ser culto é se esconder por detrás das palavras de um pensador morto e fazer do mesmo suas palavras? É ter o dom de palestrar, ministrar, discursar, decifrar livros enigmáticos?
Pensei muito sobre o que é ser culto. Pensei, pensei e pensei. Me senti muito culta por pensar tanto. Divaguei, fiz minhas as palavras de um poeta morto. E de tanto pensar, ler e divagar percebi: isso não é ser culto. Isso não é cultura. Isso é uma maneira de estressar a mente. A cultura é outra coisa. Está nos momentos do cotidiano, nas entrelinhas. Não precisamos ter um diploma para sermos considerados cultos. A própria vida nos ensina a ser cultos. Uns preferem ser cultos através de uma cadeira de faculdade, outros se tornam cultos pela vida.
Porque falo tanto de cultura?
Por que descobri pequenas culturas pela vida que, talvez para muitos, seja apenas futilidade e diversão.
Mas, diversão também é cultura. Fazer um churrasco na laje, junto com amigos, tomando uma cerveja gelada e jogando conversa fora, também é cultura. Porque em muito dessas conversas, ouvimos coisas interessantes que podemos levar pela vida afora. E tudo que podemos aproveitar em nossas vidas é cultura.
Por isso, para falar de carnaval que é o tema desse post, é que precisei discorrer um pouco sobre a cultura.
Dou a mão à palmatória!
Nunca, em toda a minha vida, gostei de carnaval. Gostava sim, do feriado que ele me proporcionava, mas do evento em si, não. Não conseguia entender o sentido de toda aquela parafernália. Pessoas aglomeradas e saltitantes pelas ruas. Cores berrantes, batuques e empurra-empurra. Aquilo tudo me irritava sobremaneira. O carnaval me empurrava para dentro de casa e só saía quando tudo voltava ao normal. Aliás, o carnaval ainda me empurra para dentro de casa, mas, hoje o vejo com outros olhos. Vejo o carnaval com os olhos da maioria dos brasileiros. E penso muito a respeito. E com respeito. Percebi que à parte BUNDAS e PEITOS o carnaval é um dos maiores eventos, se não o maior, que o Brasil representa. Pude ver, através de cada Escola de Samba a cultura muitíssimo aflorada. Percebi que o carnaval não é apenas pula-pula, batuque-batuque. O carnaval é temático. E cada tema de cada escola é cultura. Até os sambas enredos falam de cultura e das culturas. O carnaval nos leva para mundos desconhecidos. É mágico. E é essa magia que faz com que pessoas simples e comuns deêm o sangue, durante um ano inteiro, com garra, afã e amor, para que em poucas horas, possam mostrar para o Brasil e o mundo o luxo, a beleza e a grandeza que é o carnaval.
Mais uma vez dou a mão à palmatória e me curvo diante dos carnavalescos que proporcionam tantas maravilhas aos nossos olhos. Muitas vezes, são pessoas que não tiveram chance de se sentar num cadeira de faculdade e aprender em teoria o que eles fazem na prática.
Aí eu descobri que o CARNAVAL É CULTURA. E uma cultura que diverte.
Um grande abraço!
Vídeo para encher os olhos:
Campeã 2013 - Vila Izabel
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